'Sou fascinado por Garrincha', diz o cineasta Werner Herzog em SP (Postado por Erick Oliveira)
Segundo Herzog, o longa está se saindo "excepcionalmente bem" nos Estados Unidos, onde acaba de estrear. Não há previsão de lançamento no Brasil.
"Eu sempre fui cético em relação ao 3D. Mas esse documentário pedia a tecnologia", disse. O filme registra as pinturas rupestres de uma caverna na França. "As irregularidades das paredes eram usadas como parte das pinturas. Por isso a importância do registro em 3D."Autor de longas como "O homem urso" (2005), que acompanha os últimos momentos do explorador Timothy Treadwell antes de ele ser devorado por um urso pardo, Herzog volta a tratar da morte: em agosto ele termina seu próximo trabalho, uma série de documentários para TV intitulada "Death row".
Os filmes foram gravados no corredor da morte de uma penitenciária no Texas, onde prisioneiros aguardam o dia de sua execução. "Fico fascinado pelo fato de não sabermos quando ou como vamos morrer, enquanto essas pessoas sabem. É uma morte protocolar. Acho que nenhum estado deva ter a autoridade para retirar a vida de um indivíduo."Sobre o processo de edição, ele afirma que "é muito cansativo. Trabalho por cinco horas e tenho que parar. Não fumava havia anos, mas agora preciso parar, acender um cigarro, e depois voltar", disse Herzog.
Durante a conversa, o diretor falou sobre sua convivência com o cineasta brasileiro Glauber Rocha (1939 - 1981). Ele disse que Rocha foi um daqueles capazes de produzir um "cinema que ilumina". E também lembrou, em tom de brincadeira, que ele "era muito desorganizado. Lembro quando ele estava voltando ao Brasil, e havia se esquecido completamente de que viajaria naquele dia. Estava cheio de coisas, atrapalhado, tentando reunir tudo às vésperas. Sinto falta dele."
Herzog disse que Rocha é comparável apenas ao jogador Mané Garrincha, por quem se diz "fascinado". "Ele resume a alma do brasileiro, sua alegria."
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